CONVERSAS
Em 2023, o Festival de Fotografia de Paranapiacaba continua com sua programação híbrida, realizando eventos online e presenciais. As nossas lives trazem convidados muito especiais, debatendo sobre Fotografia, Educação, Direitos Humanos e Meio Ambiente! Mesmo virtual, os encontros são cheios de calor humano!
A fotografia no debate socioambiental
A câmera como arco a imagem como flecha
Deixa ver estamos aqui, uma reza das imagens
Reflexões sobre os acervos fotográficos afro-brasileiros: entre o público e privado
MARILENE RIBEIRO
A fotografia no debate socioambiental
Local: Vila de Paranapiacaba
Artista visual, seu trabalho é focado em questões contemporâneas do meio ambiental e dos direitos humanos. O tema da sua palestra no festival será "A fotografia no debate socioambiental".
Tem projetos premiados pela Royal Photographic Society, pelo Museu da Imagem e do Som (Mis), pelo Prêmio Esso de Jornalismo, entre outros.
Marilene tem trabalhos exibidos e ensaios sobre suas obras publicados em diversos países. Recentemente a obra “Fuego Abierto” foi destacada no Poy Latam, concurso de criadores visuais da América Latina.
Colaboradora do Instituto Biotrópicos (Brasil) focado na conservação da biodiversidade, através da arte e da ciência.
Integra o Foto Féminas, plataforma dedicada a reunir e divulgar o trabalho de mulheres fotógrafas da América Latina e Caribe.
Sobre o seu trabalho ela diz: “... desejo que possa ressonar em ações para um futuro melhor para nosso planeta, e para todas as formas de vida que aqui habitam e têm o direito de viver com dignidade, respeito, em liberdade e em paz”.
Acompanhe a artista em @marileneribeiroimagery
EDGAR XAKRIABÁ
A câmera como arco a imagem como flecha
Local: Vila de Paranapiacaba
O fotógrafo Edgar Kanaykõ nasceu e vive na Terra Indígena Xakriabá, município de São João das Missões, em Minas Gerais. Seu primeiro contato com as câmeras ocorreu em 2000.
Usa a fotografia como forma de mostrar a sua cultura, numa poderosa ferramenta de luta.
As câmeras ficavam associadas apenas àqueles que vinham de fora fotografar as aldeias, mas nem sempre contavam a história como deviam.
Para os Xakriabá, a fotografia pode revelar segredos, além do que os olhos podem captar.
Ao fotografar rituais, de acordo com Edgar, são os espíritos locais, por meio dos pajés, que dizem o que pode ou não ser mostrado.
Ele é o primeiro indígena mestre em Antropologia pela UFMG, decidiu nomear a sua dissertação de mestrado como “Etnovisão: o olhar indígena que atravessa a lente”.
Acompanhe a artista em @edgarkanayko
GÊ VIANA
Deixa ver estamos aqui, uma reza das imagens
Local: Vila de Paranapiacaba
Fotógrafa, performer e pesquisadora e graduanda em artes visuais no Universidade Federal do Maranhão. Suas obras são marcadas pela crítica à cultura hegemônica e pelo uso de diversas técnicas artísticas.
A artista maranhense Gê Viana tem nas práticas de colagem digital e manual, inserção da pintura que partem de pesquisas com imagens de arquivos e a memória oral de sua família, num confronto entre a cultura colonizadora hegemônica e seus sistemas de arte e comunicação, pensa num modo de criar com a história de seu povo Anapuru o cotidiano Afro-diaspórico e Indígena do território maranhense para trazer outras narrativas, inventários que trabalhem possibilidades mais felizes e digna.
O tema de seu debate no FFP será 'Deixa ver estamos aqui, uma reza das imagens'. Segundo Gê Viana o tema é um processo de escarificação das fotografias, assim como das colagens, onde ela se permite identificar essas composições como chamamentos de liberdade. Imagens elementares criadas e devolvidas junto a memória do seu povo, aterradas nas águas do tempo.
Acompanhe a artista em @indiiloru
LUCIANA RIBEIRO
Reflexões sobre os acervos fotográficos afro-brasileiros: entre o público e privado
Local: Vila de Paranapiacaba
Educadora, curadora independente e pesquisadora da descolonização da educação e das artes, em especial as africanas, afro-brasileiras e ameríndias.
Luciara é mestre em história da arte pela Universidade de Salamanca e pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de São Paulo.
Colaboradora da plataforma Projeto Afro, espaço de arquivo e difusão da produção des autorias negros/as/es e de revistas culturais. Colabora com revistas e publicações através de escritas críticas e é docente no Departamento de Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina.
O tema do seu debate na 6ª edição do Festival de Fotografia de Paranapiacaba será ‘Reflexões sobre os acervos fotográficos afro-brasileiros: entre o público e privado’.
Acompanhe a artista em @luciribeir0