“Eu gosto de pensar que o trabalho do artista tem o efeito de uma pedra que cai na água e vai ficando quieta; porém, a queda faz com que a água se desloque em círculos cada vez mais amplos; assim, alguma coisa que se vá dizer aqui, agora, vai ter um impacto que vai vibrar no outro lado do mundo e vai atingir novas formas. Eu creio que este deve ser o lugar do artista.”
(Ângela Berlinde, artista, pesquisadora e curadora)
Já se vão muitas décadas desde que o mundo chocou com as imagens de milhões de migrantes que fugiam da morte trazida pela grande seca que assolou a região de Sahel, na África subsaariana, nas décadas de 1970 e 1980. Jornalistas e fotógrafos documentaram exaustivamente a calamidade, onde mais de um milhão de pessoas terminaram morrendo como consequência da falta de comida e água [1]. Porém, nenhum outro fotógrafo a transmitiu de maneira tão pungente como Sebastião Salgado, cujas imagens tornaram-se icônicas na história da fotografia no tocante ao tema refugiados [2]. Nas imagens de Salgado, os corpos das pessoas retratadas, reduzidos a sua anatomia mais primitiva – ossos, pele e olhos –, fitam o horizonte (… ou o nada?), já exauridos de força a esperança. As almas desses corpos flutuam ali mesmo na cena enquadrada, mescladas à fumaça e à poeira que, quando iluminadas pelo sol, conferem uma aura enigmática a essas imagens, característica técnico-estética marcante da obra do fotógrafo. Ao observá-las e inteirar-se do contexto, não há como não estarrecer-se e indignar-se com a história – real – que nos é contada.
Entretanto, neste artigo, pretendo explorar outras perspectivas sobre os refugiados ambientais que se descortinam diante de nós no século XXI, distanciando-me desse estereótipo imagético do refugiado como o habitante de um lugar longínquo e desafortunado, representado pelo estilo Salgadiano dos idos 1980-1990, como também das impressões de Susan Sontag em Diante da Dor dos Outros[3] sobre os desdobramentos das relações entre os que veem as situações de sofrimento extremo do outro e os que as vivenciam em primeira pessoa; porém, sem deixar de reconhecer a incontestável relevância dessas duas produções para o entendimento dos diálogos potentes e cruciais que a fotografia é capaz de promover na sociedade acerca da nossa própria sociedade. Não que eu não tenha interesse em discorrer sobre essas duas obras; é que entendo estarmos agora em um momento diferente daquele em que eles se encontravam, momento este que nos convida a voltar nossa atenção para as peculiaridades que estamos vivendo no tempo presente e criar oportunidades para refletirmos sobre elas: e é por isso que escolho escrever aqui a partir de uma outra mirada, principalmente a que me foi provocada pelos ensaios fotográficos Pantanal em Chamas e Cama de Baleia.
Desde 1980, quando essa seca histórica afetou o continente africano de forma avassaladora, iniciou-se um debate que ainda segue em aberto sobre este tipo de refugiado: aquele que não seria mais o refugiado político, tampouco o refugiado econômico, mas “aqueles que foram forçados a deixar seu habitat tradicional, temporária ou permanentemente, por causa de uma perturbação ambiental natural e/ou antrópica que colocou em risco sua existência e/ou afetou seriamente sua qualidade de sua vida”[4]. Atualmente, é sabido que os desastres ambientais provocam três vezes mais deslocamentos forçados de pessoas do que guerras e violência[5]Somente em 2020, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) constatou que mais de 30 milhões de pessoas no mundo tiveram que deixar seus lares devido a desastres relacionados ao clima, como secas insuportáveis e inundações[6] – condição que, com as mudanças climáticas (fenômeno resultado da ação humana no planeta e que está sendo cada vez mais visíveis no nosso cotidiano), deve se tornar mais frequente, abrangente e impactante[7].
Junto com o reconhecimento dessa condição específica que termina por forçar famílias e comunidades a abandonar seus lares e com a definição de refugiado ambiental veio o debate sobre as situações que desencadeariam a sequência de eventos que culminam nessas condições dramáticas e insustentáveis. Em uma análise mais atenta e profunda, conclui-se que a grande parte dos migrantes forçados nesta categoria são, na realidade, indivíduos expulsos pelo sistema[8]. Sistema este que começa a tomar forma no final do século XX e encontra-se em franca expansão na atualidade: um “sistema orientado para expulsões de tudo o que não se encaixa em sua lógica em evolução”[9] – lógica essa fundamentada no mercado de commodities e articulada nacional e internacionalmente a partir do interesse das elites predatórias atuantes no século XXI. Dentro desse escopo, projetos divulgados por corporações e governos como “para o desenvolvimento”, principalmente no sul global, tendem a, direta ou indiretamente, interferir negativamente no ambiente de maneira tão brutal e extensa que terminam tornando esses espaços incompatíveis com a subsistência e com a vida, ou seja, não deixando outra alternativa aos que ali vivem além de abandonar seu lugar de morada. Assim têm funcionado projetos de infra-estrutura, extrativismo bem como as propostas do agronegócio em várias partes do mundo.
Depois de termos vivido um período de rejeição aos projetos de hidrelétricas no final do século passado, devido ao reconhecimento dos grandes impactos ambientais e sociais causados pelo barramento dos rios, essas obras de infra-estrutura ganharam novamente fôlego no início deste século no Brasil e em diversos outros países, como parte de um programa de “desenvolvimento” impositivo e que distribui os ônus de maneira totalmente desbalanceada nas costas (e ao custo da vida) dos que vivem ao longo dos e com os rios. O ensaio Cama de Baleia (2020)[10] expõe esta situação: daqueles que são expulsos por esse sistema, daqueles que são obrigados a deixar suas casas e ver o espaço ripário onde até então habitavam se desfigurar em um mar-deserto[11], transformado drasticamente pela usina que no rio se instala – corta, fragmenta, mutila e aniquila. Uma particularidade dos refugiados das hidrelétricas é que essas pessoas, destituídas de seu território material e imaterial, procuram asilo dentro da sua própria geografia, no espaço do seu próprio corpo e memória, uma vez que suas referência e sua história são submersas pelo barramento (circunstância essas também notada e descrita pela jornalista Eliane Brum em seu texto visceral sobre os atingidos pelo complexo hidrelétrico de Belo Monte[12]). Em Cama de Baleia, proponho ao interlocutor um exercício de imaginação sobre quão doloroso vem a ser o processo de abandonar seu território – território este que abriga sua individualidade, sua identidade, seu ser. Durante o tempo que passei na casa dos ribeirinhos atingidos por projetos de hidrelétrica em várias regiões do Brasil, enquanto desenvolvia um outro trabalho fotográfico sobre o impacto socioambiental dessas obras[13], observei seus espaços, que, assim como qualquer casa, são organizados e ornamentados de maneira única, ou seja: casas são templos de incorporação do nosso ser, funcionam como museus da nossa história, acolhendo nossas crenças, imagens e objetos de valor estético ou afetivo para nós – os moradores desta casa. Quando os ribeirinhos abandonam compulsoriamente suas casas para não morrerem afogados, estão deixando para trás não somente aquele espaço físico como também o tudo ele representa imaterialmente para essas pessoas, portanto, estão também deixando para trás um espaço simbólico. Neste caso, o espaço físico e o simbólico se sobrepõem geograficamente e este espaço duplo que é deixado pra trás é irrecuperável, inacessível em um tempo futuro, já que ficará submerso. Quando eu pergunto a Maria Zilda Alves sobre sua casa (que foi engolida pelas águas do São Francisco quando as comportas da hidrelétrica de Sobradinho fecharam pela primeira vez), ela me responde, “O lugar que a gente morava, depois que o rio encheu, agora tá sendo cama de baleia. Quando a água cobriu as coisas que a gente tinha, tudo que a gente morava; aí, lá ficou sendo cama de baleia. Baleia, sabe? Aquele bicho que vive no mar, no rio…”. Ailton Carvalho, morador de Lageado Marrocas, área que seria alagada quando da construção do Complexo Hidrelétrico Garabi-Panambi, no rio Uruguai, reflete em voz alta, enquanto conversamos, “Se fosse ainda pra mim sair e voltar, no dia que eu puder, ‘vou voltar lá, vou visitar, vou ver aquilo lá.’; mas, eu sei que não vai tá como eu deixei, eu sei que eu não vou encontrar os vizinhos que tinha lá, as pessoas conhecidas, os parentes. Não vai ter mais ninguém ali, entende? Tu sabe que não é você se mudar de um lugar. Você ser atingido por uma barragem não é se mudar. [...] O quê se deixou ali, não existe mais. Eu acho, na minha opinião, que, uma barragem, ela não tapa só a terra e o que tá em cima da terra, ela tapa o emocional, ela tapa a amizade, ela tapa muito mais do que a simples terra que tá ali.”.
Com esses (e tantos outros) diálogos que tive com os ribeirinhos habitando dentro de mim, fotografo o interior de suas casas, esses espaços únicos, templo dos símbolos e dos significados pessoais e intransferíveis. As fotografias de Cama de Baleia permitem ao interlocutor conhecer e inteirar-se de cada detalhe desses lares, dessas histórias quem sabe já ou por serem submersas. Convido todas e todos a observar essas imagens, e, ao fazê-lo, a expandir a sensação de perda iminente não somente do que é objetivamente visível em cada um desses espaços fotografados, mas também do invisível: das experiências vividas e das singularidades “colecionadas” com apreço ali pelos seus moradores.
© Marilene Ribeiro
Onde encontrar refúgio, quando sua casa-rio (com o que foi vivido, suas margens, suas vazantes e cheias, seus seres, sua fartura e autonomia) já não existe mais?
Marta Dahó[14] entende que, mais do que simplesmente comunicar eventos, fotografias são oportunidades para interpretarmos as histórias político-econômicas e sociais nas quais estão embebidas; portanto, para muito além de documentar de maneira restritiva o que se passa diante da câmera, o resultado do ato fotográfico deve criar um espaço aberto para que o debate público sobre determinado tema possa acontecer. É com tal raciocínio que absorvo Cama de Baleia.
E quando acontece desses refugiados - migrantes forçados - expulsos pelo sistema serem seres sencientes, porém não pertencentes à espécie humana? (Aqui não com a intenção de antropomorfizar-los ou discutir sobre ser humano vs não-humano, mas sim de visibilizá-los, de reconhecê-los como uma parte que também tem sido drasticamente afetada neste planeta onde os extremos climáticos já são realidade). Em 2020, como consequência de uma seca prolongada e intensa na região (entendida pelos especialistas como manifestação do aquecimento global[15]), o Pantanal viveu uma temporada de incêndios sem precedentes. Esta é uma região sabidamente ocupada por latifúndios de pecuária extensiva, onde o uso do fogo para a renovação das áreas de pastagem é um hábito que carece de manejo apropriado. Nesse ano específico, essa grande seca, em sinergia com a imprudência dos que insistiam em atear fogo no pasto, foi o estopim para que focos de incêndio de alta intensidade se proliferassem descontroladamente. O desmonte dos órgão de proteção e fiscalização ambiental que estava em curso no país na ocasião, aliado à inação do governo federal, contribuíram para que tais incêndios tomassem proporções catastróficas, onde quase um terço da maior planície alagável do mundo se transformou em cinzas e pelo menos 17 milhões de animais morreram[16]. Impressionantemente, a despeito do horror que foi noticiado diariamente em todas as mídias (em âmbito nacional e internacional) e das análises que apontavam as causas e como tentar preveni-las, o cenário na região pantaneira conseguiu se repetir com ainda mais crueldade em 2021. Para Ariella Azoulay[17], o sistema (ou regime) em que vivemos opera de modo a facilitar, permitir e causar catástrofes – danos de grande magnitude que, a princípio, nós, leigos, interpretamos simplesmente como “desastres”. Entretanto, tais “desastres” seriam consequência (já esperada) da maneira em que relações e processos acontecem dentro desse sistema/regime – Azoulay nomeia, então, essas “catástrofes” como desastres criados pelo regime (regime-made disasters). Segundo, Azoulay, a fotografia desempenha um papel importante de mediação no ato de expor tais situações e pode funcionar também como elemento propulsor no exercício da nossa cidadania, ao auxiliar-nos na compreensão dos contextos de causa-efeito que acarretam tais “disastres”. Os incêndios de 2020 e 2021 no Pantanal se enquadram nessa situação de desastre criado pelo regime e a série Pantanal em Chamas (2020) do fotógrafo Lalo de Almeida[18] nos reivindica essa compreensão e resposta cidadã. As imagens que Almeida registra durante sua rota pelo bioma, no momento em que infindáveis quilômetros da paisagem ardiam, são feitas de calor insuportável, cinzas e pó – na sua cor e no cenário apocalíptico que nos comunicam… E de muita angústia, sofrimento e dor. Dos relatos daqueles (poucos) que tentavam de maneira heróica combater um fogo violento que engolia com voracidade (e velocidade) espantosa tudo que estava por cima e por baixo da terra ao testemunho do próprio fotógrafo sobre as cenas que ele presenciava, o quê chega até nós (os que não testemunharam in loco esse inferno – ou desastre criado pelo regime) é indignante: corpos dos que sucumbiram a despeito de todos os seus esforços, a abundância (habitat de centenas de milhões de animais) impiedosamente reduzida ao nada.
Nas palavras – e imagens – de Almeida[19], “Quando fiz minha primeira viagem ao Mato Grosso, em agosto, a situação já estava fora de controle. Até a estrada que leva à base de operações de combate a incêndios foi bloqueada pelas chamas e o hotel onde os brigadistas estavam hospedados foi evacuado porque estava cercado pelo fogo. Decidimos visitar uma fazenda localizada na região onde estão as maiores populações de araras-azuis do mundo – o local estava sendo destruído pelo fogo. A nossa viagem de quatro horas pela estrada foi de pura devastação. Tudo era cinza e preto. Quase chegando ao local, vimos uma mancha marrom no pasto queimado: era um veado morto. Poucos metros à frente, sob uma árvore queimada, havia uma família inteira de macacos mortos, mais de quinze, todos carbonizados. Continuando pela estrada, encontramos um filhote de veado ferido e totalmente perdido. Em mais de dez anos cobrindo as queimadas na Amazônia, eu nunca havia visto tantos animais mortos por um incêndio florestal. […] Na minha segunda viagem ao Pantanal, em setembro, fui documentar a região da Transpantaneira, uma estrada-parque que corta o norte do Pantanal – provavelmente o melhor lugar do Brasil para se observar a vida selvagem. A paisagem ao longo da Transpantaneira era desoladora. A maior parte da vegetação estava queimada ou ainda em chamas. Uma fumaça amarelada cobria tudo. Era comum ver animais carbonizados ao longo da estrada, principalmente cobras e jacarés, que são animais que têm mais dificuldades para escapar do fogo. As poucas lagoas que sobraram, por causa da seca extrema, eram disputadas por dezenas de animais que tentavam buscar abrigo. À medida que as pequenas lagoas secavam, os animais migravam em busca de água. Muitos acabaram morrendo de sede e por falta de comida. […] A cada dia, um novo trecho de estrada pegava fogo e não havia operação coordenada de combate ao incêndio: o Pantanal estava abandonado à sua própria sorte e parecia que o fogo só se extinguiria quando tudo já estivesse queimado ou chegasse a estação das chuvas. E foi o que aconteceu.”
© Lalo de Almeida
“Os incêndios só pararam quando a chuva veio, em novembro. Um dia, subimos o rio São Lourenço de barco em busca das onças. Depois de duas horas, avistamos uma caçando nas margens do rio. Ela andava devagar até parar em uma pequena clareira no meio da vegetação toda queimada. Ela, então, juntou as cinzas com a pata como se tentasse entender o que estava acontecendo com sua floresta.”
© Lalo de Almeida
Como se manter e sobreviver ali quando seu lugar é transformado na paisagem pós-guerra, inóspita, estéril que nos conta Almeida?
Paisagem queimada margeia a Transpantaneira, a rodovia que atravessa o Pantanal, perto de Porto Jofre. © Lalo de Almeida
E para onde ir, se as áreas adjacentes também são inabitáveis (tomadas por fazendas onde esses animais não são bem-vindos)?
Como vamos lidar com esses refugiados? (Esses outros seres sencientes que também estão sendo expulsos de seu território de maneira abrupta e violenta, que, da noite para o dia, se veem sem possibilidade de encontrar água e comida, muitos gravemente feridos). Que suporte, acolhimento, oportunidade as leis, os governos e a sociedade oferecem para eles?
Essas são algumas inquietações que a fotografia pousa dentro da gente. Faíscas que acendem pensamento que nos levam a perseguir horizonte com mais justiça socioambiental. Enxergar esses refugiados ambientais, que são os refugiados deste século – e que, com o prognóstico que temos atualmente para o clima na Terra e o modelo econômico vigente, estarão cada vez mais visíveis e crescente em número – é o primeiro passo para que medidas políticas sejam adotadas nacional e internacionalmente para que essas situações não sigam acontecendo. E, caso lamentavelmente ocorram, apesar das ações para sua prevenção terem sido realizadas com compromisso e continuidade, que haja uma estrutura para garantir os direitos fundamentais desses seres humanos e não-humanos, para acolhê-los e tratá-los com dignidade.
Em um momento em que o modelo neo-extrativista avança com especial agressividade e já poucas expectativas são criadas durante as Conferências das Partes da ONU (as COPs) para as mudanças climáticas – onde, a cada ano, dados desoladores sobre nossas ações autofágicas em relação ao nosso clima, aos nossos ecossistemas, à nossa fonte de alimento e água são escancarados, onde compromissos são firmados e, paulatinamente, não cumpridos em sua essência ou totalidade –, novas formas de salvaguardar ambientes, comunidades e seres vivos urgem ser colocadas em prática. Formas nas quais a horizontalidade subverta a verticalidade de poder nas tomadas de decisão e outras cosmologias possam ser de fato reconhecidas e aplicadas. Neste sentido, a fotografia pode desempenhar um importante papel. A fotografia nos apresenta maneiras de ver e compreender cenários em tempos presentes e passados, mas, sobretudo, ao ampliar nossa percepção e nosso entendimento, ela pode ajudar-nos a visualizar, pensar e propor caminhos futuros, reconfigurando epistemologias, mudando paradigmas: como a expansão da compreensão de quem seriam os “refugiados ambientais” (i.e. expulsos pelo sistema) do século XXI que trago aqui para a arena de debate, reflexão e ação.
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Marilene Ribeiro é artista visual e pesquisadora brasileira cujos projetos mesclam fotografia, vídeo, intervenção e colaboração para comunicar temas socioambientais. Premiada pelo PHotoEspaña, The Royal Photographic Society, Museu da Imagem e do Som de São Paulo_MIS|SP, Prêmio Esso de Jornalismo, Funarte, dentre outros, tem trabalhos expostos mundialmente e artigos sobre suas obras publicados em plataformas como LensCulture, Photoworks e PhMuseum. É colaboradora do Fast Forward: Women in Photography e do Latin America Bureau.
Doutora em Artes Criativas|Fotografia pela University for the Creative Arts (Reino Unido), atualmente, é pesquisadora visitante da Escola de Mídia e Cinema da Universidade de Winchester (Reino Unido) e membro associada do Centro de Política Cultural, Ambiental e Espacial da Universidade de Brighton (Inglaterra).
Referências citadas no texto [1]Salgado, Sebastião (2004). ‘Sahel: the End of the Road’. Berkeley, CA.: University of California Press, 140p. [2] Idem 1. | Salgado, Sebastião (2000). ‘Êxodos’. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 432p. | Queiroz, Teresa A.P. (2000). ‘Êxodos – Programa Educacional: Leituras, Narrativas e Novas Solidariedades no Mundo Contemporâneo’, v. 3 (A Narrativa do Olhar), São Paulo: SESC São Paulo, Amazonas Images, Bei Comunicação. [3] Sontag, Susan (2003). ‘Regarding the Pain of Others’. New York, NY.: Farrar, Straus and Giroux, 131p. [4]El-Hinnawi, Essam (1985). ‘Environmental Refugees’. Nairobi: UNEP, p.4. [5] Agência da ONU para Refugiados - ACNUR (2021). ‘Deslocamentos nas Fronteiras da Emergência Climática’. [online] https://storymaps.arcgis.com/stories/9b67d41f272f466a98ce7048a6d267d6 [6] Idem 5. [7] International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies – IFRC (2019). ‘The Cost of Doing Nothing: the Humanitarian Price of Climate Change and How it Can Be Avoided’. Genebra: IFRC, 46p. [8] Sassen, Saskia (2016). ‘Expulsões: Brutalidade e Complexidade na Economia Global’. Trad. Angélica Freitas. Rio de Janeiro: Editora Paz & Terra, 336p. | Vettorassi, Andréa & Amorim, Orzete (2021) ‘Refugiados Ambientais: Reflexões sobre o Conceito e os Desafios Contemporâneos’. Revista de Estudios Sociales, 76, pp. 24-40. | [9] Sassen, Saskia (2016). ‘Expulsões: Brutalidade e Complexidade na Economia Global’. Trad. Angélica Freitas. Rio de Janeiro: Editora Paz & Terra, p.257. [10] Ribeiro, Marilene (2020). ‘Cama de Baleia’. [online] https://www.marileneribeiro.com/whale-bed [11] Ribeiro, Marilene (2020). ‘Rios-Desertos’, Rev. UFMG, v. 26 (2), pp. 152-167. [12] Brum, Eliane (2021). ‘Banzeiro Òkòtó – Uma Viagem à Amazônia Centro do Mundo’. São Paulo: Companhia das Letras, 448p. [13] Ribeiro, Marilene (2018). ‘Água Morta’. [online] https://ethos.bl.uk/OrderDetails.do?uin=uk.bl.ethos.774370| https://vimeo.com/362012543 | [14]Dahó, Marta (2015). ‘Fotografías en Cuanto Espacio Público’. Revista de Estudios Globales y Arte Contemporáneo, 3 (1), pp. 220-46. [online] https://raco.cat/index.php/REGAC/article/view/312177 [15] Observatório do Clima (2021). ‘Pantanal Teve Pior Seca em 50 anos, Revela Estudo’. Publicado em 12 de fevereiro de 2021. [online] https://www.oc.eco.br/pantanal-teve-pior-seca-em-50-anos-revela-estudo/ [16]Tomas, Walfrido M.; Berlinck, Christian N.; Chiaravalloti, Rafael M.; Faggioni, Gabriel P.; Strüssmann, Christine; Libonati, Renata; Abrahão, Carlos R.; Alvarenga, Gabriela V.; Bacellar, Ana Elisa F.; Batista, Flávia R.Q.; Bornato, Thainan S.; Camilo, André R.; Castedo, Judite; Fernando, Adriana M.E.; Freitas, Gabriel O; Garcia, Carolina M.; Gonçalves, Henrique S.; Guilherme, Mariella B.F.; Layme, Viviane M.G.; Lustosa, Ana Paula G.; Oliveira, Ailton C.; Oliveira, Maxwell R.; Pereira, Alexandre M.M.; Rodrigues, Julia A.; Semedo, Thiago B.F.; Souza, Rafael A.D.; Tortato, Fernando R.; Viana, Diego F.P.; Vicente‑Silva, Luciana & Morato, Ronaldo (2021). ‘Distance Sampling Surveys Reveal 17 Million Vertebrates Directly Killed by the 2020’s Wildfires in the Pantanal, Brazil’, Sci Rep., 11, 23547. [online] https://doi.org/10.1038/s41598-021-02844-5 [17] Azoulay, Ariella (2012). ‘Civil Imagination: a Political Ontology of Photography’. New York, NY.: Verso, 288p. [18] Almeida, Lalo (2020). ‘Pantanal em Chamas’. [online] https://www.worldpressphoto.org/collection/photo-contest/2021/lalo-de-almeida/1 [19] World Press Photo (2021). ‘Show and Tell: Winners Speak – Lalo de Almeida’, World Press Photo Festival, Online, 21 de abril de 2021 [online] https://www.youtube.com/watch?v=49rMSj7Mf2Q)
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