VILA
Paranapiacaba ("lugar de onde se vê o mar", em tupi-guarani) está localizada em local onde, durante os dias claros, os indígenas que passavam por ali avistavam o mar, depois de subir a Serra do Mar rumo ao planalto.
No século XIX, naquele caminho íngreme utilizado pelos índios, desde os tempos pré-coloniais, seria construída uma estrada de ferro que mudaria a paisagem do interior paulista.
A Vila surgiu em 1867, para abrigar os funcionários do sistema de trens funiculares (articulados com contrapesos) para escoar a produção de café para o Porto de Santos.
É o cenário para o Festival de Fotografia de Paranapiacaba, a partir de 2018. O lugar é um legado histórico de uma São Paulo Imperial, além de ser tombada como Patrimônio Histórico pelo Iphan, em 2008.
É inserida no meio da Mata Atlântica. Localizada no município de Santo André.
Mesmo com a crise cafeeira de 1929, Paranapiacaba ainda funcionava a todo vapor. Em outubro de 1946, a SPR foi encampada pela União, dando origem à "Estrada de Ferro Santos-Jundiaí".
Em 1950 foi incorporada à Rede Ferroviária Federal. Já em declínio, o sistema funicular teve um grande impacto com um incêndio que atingiu a antiga estação em janeiro de 1981, sendo completamente desativado no ano seguinte.